julho 17, 2013

Sobre as cotas sociais

Quando surgiu toda aquela polêmica das cotas sociais para universidades públicas fui logo tomando minha posição: contra. Era bem claro, na minha cabeça, que se qualquer um estudasse e se empenhasse poderia passar numa universidade pública tranquilamente. Mas, de repente, percebi que não é bem assim. Uma dose de bom senso caiu sobre mim, o que me fez lembrar de umas coisas e montar um pequeno quebra-cabeça que me levou a tomar uma posição totalmente contrária à inicial.

abril 28, 2012

A geração de ontem e a geração de hoje


Não precisa passar muito tempo em qualquer uma das quinhentas redes sociais existentes para ser entupido de imagens como esta acima. A perseguição à geração mais nova é um hobby que não se sabe desde quando existe (pelo menos eu não sei). Crescemos ouvindo, todo o tempo, nossos pais reclamarem de que as coisas não são mais como eram antes, que as coisas nos tempos deles eram bem diferentes, as brincadeiras eram melhores, os brinquedos eram melhores e mais lixo desse tipo. A geração dos anos 90 já entrou nessa fase e já está tão chata quanto nossos pais nesse quesito. 

A super-maravilhosa-magnífica-perfeita geração dos anos 90, que hoje são adolescentes e alguns adultos (em termos de idade, claro...), gasta bons minutos - ou até mesmo horas - de seus dias compartilhando imagens, escrevendo, detonando as crianças de hoje. Imagens como esta acima são tão hipócritas que o estômago de uma pessoa sensata revira, embrulha, se retorce. Parece que, ao entrar na adolescência, a super-maravilhosa-magnífica-perfeita geração dos anos 90 esqueceu de tudo de ruim que fez.

dezembro 26, 2011

Regra do "ame-o ou deixe-o"

Acompanhando comentários no Twitter sobre o Brasil ter se tornado a sexta maior potência econômica do mundo, deixando Reino Unido para trás, foi bem notável que ainda existem os adeptos da velha regrinha "Brasil, ame-o ou deixe-o", coisa que nasceu lá na época do Regime Militar de 1964. Não é errado amar seu país e ficar feliz ao vê-lo crescer. Porém, é erradíssimo ignorar certos fatos importantes sobre sua nação e obrigar todos que nasceram ali a amarem sua terra, ou abandonarem tudo.

Vamos agora considerar algumas coisas importantes sobre o Brasil, coisas que deveriam ter acompanhado o avanço da economia. Uma delas é a educação, que o governo anda levando pelas coxas. O Brasil ficou em 88º lugar de 127 países, ficando atrás inclusive da Bolívia, Venezuela, Argentina, Equador, Chile e Cuba, no ranking de educação da UNESCO, enquanto o Reino Unido ficou em 2º, atrás do Japão. Ora, um país que cresceu tanto em economia a ponto de chegar ao sexto lugar não deveria, por obrigação, ter uma qualidade de ensino melhor? No ranking mundial de qualidade de vida, o Brasil também passa vergonha pra um país em sexto lugar na economia: 38º lugar, atrás de Uruguai, Costa Rica, Chile, Argentina e Panamá; nenhuma cidade brasileira aparece no ranking de cidades com melhor qualidade de vida do mundo. Onde está o dinheiro da economia em nossas vidas? Esses são alguns dos motivos que fazem muitos desgostarem do Brasil. O Brasil já é um país mais que rico, deveríamos estar vendo pelo menos a educação subir rapidamente no ranking.

dezembro 24, 2011

Aquele seriado de pseudo-nerd...



The Big Bang Theory. A sitcom taxada por muitos de "série de pseudo-nerd" que tirou meu tédio e me deu o que fazer nos últimos dias. Assisti a primeira temporada há um tempo e esqueci dela. Quando entrei de férias agora em dezembro, sem nada pra fazer, fui atrás de alguns filmes bacanas para assistir. No site de filmes havia a sessão de séries, onde dei cara com os links para todas as temporadas do TBBT. Nisso me deu uma enorme vontade de assistir. Agora estou terminando de baixar os últimos episódios da quarta temporada e, de repente, lembrei de algumas "críticas" a sitcom que andei lendo por aí durante o ano.

Não sei de onde saiu o rótulo de série de pseudo-nerd. Durante as minhas andanças por fóruns sobre a série e conversando com expectadores dela, não vi sequer uma criatura se dizendo nerd por acompanhar a sitcom. Sim, é necessário ter um conhecimento básico sobre química, física, matemática e biologia para compreender algumas piadas, mas não é nada avançado demais que não se possa compreender com os conhecimentos de nível médio (ou nem isso). 

É interessante notar como as pessoas se apegam a rótulos para justificar suas apatias sobre algo. Pessoas que dizem não gostar de certa coisa porque "é coisa de menininha", "é coisa de viadinho", "é coisa de pseudo-nerd" provavelmente são aquelas pessoas de mente fechada, que não se deixam experimentar, que não se deixam envolver por causa dos rótulos.

Uma coisa é você dizer que não gosta de algo depois que você já a conheceu. Outra coisa é você julgar algo por um rótulo que sabe-se lá de onde saiu. Não estou dizendo que não exista alguém que diga que é nerd por assistir TBBT. Pode sim existir, existe todo tipo de gente. Porém, rotular algo por conta de meia dúzia de pessoas que se encaixam no perfil de gente que você não tem empatia é algo estúpido.

Além do mais, aqui cabem críticas a outros rótulos que muitos gostam de usar: o rótulo de nerd e o rótulo de pseudo-nerd. O que é um nerd? Perguntaram certa vez no Formspring, em uma pergunta coletiva. Lá havia todo tipo de descrição, e preconceito, com o rótulo de nerd. E o que é um pseudo-nerd? Essa é mais fácil de responder, mas vai depender muito da descrição do que é nerd, já que cada um tem sua própria descrição do que isso é.

Não deixe de gostar de algo e, principalmente, não deixe de conhecer algo por causa dos rótulos que esse algo recebeu. Rótulos geralmente partem de opiniões ignorantes. E quem precisa de rótulos?

novembro 29, 2011

Pergunta do Formspring: provenha evidencia de que o ateismo é correto.

O ateísmo é correto para mim, mas apenas para mim. Vou explicar: o ateísmo ser correto ou não depende muito da pessoa, no meu caso, chegou um momento em que eu não via mais lógica alguma na existência de um ser divino, hoje em dia estou convicta de que não existe tal entidade que controle toda partícula subatômica que existe no Universo, de que não existe um designer e coisas do tipo. Mas grande parte dos motivos que me levam a ser ateísta são muito pessoais, e muitos não entenderiam. O ateísmo foi propício pra mim, mas pode não ser para meu amigo, que precisa acreditar em um deus para seguir em frente, e eu não o acho mais fraco que eu por isso, porque no fundo ele está seguindo em frente sozinho, da mesma forma. É por isso que não saio por aí divulgando o ateísmo como melhor forma de encarar a vida, porque isso depende muito, aliás, ateísmo não é religião para se sair pregando-o. Acho necessário que ateus mostrem a cara para clarear a mente de certas pessoas que acham que ateu é um ser sombrio desprovido de amor no coração, mas achar que todos deveriam ser ateus é muito exagero. O ateísmo pode ser uma escolha correta para o João mas pode não dar muito certo para o José, que ficaria meio desolado sem seu amigo imaginário, que em sua cabeça o protege de todo o mal. O fato de eu detestar religiões que pregam suas doutrinas aos outros a todo custo não me faz detestar o fato de pessoas acreditarem que uma folha só cai de uma árvore se um deus assim quiser, mesmo que eu saiba que não é assim, ambos podem estar errados. O que acontece é que eu vejo minhas crenças apoiadas em evidências não em fé, e às vezes eu acho que todos deveriam fazer isso, acreditar e ter evidências antes de querer mostrar isso para os outros. As coisas acontecerem por si só faz muito sentido pra mim, mais sentido que achar que um ser mágico faz isso, mas para muitos outros o contrário é que faz sentido, mesmo que eles não possam evidenciar como acontece, eles acreditam, e enquanto isso não interferir na minha vida eu não estou nem aí, porque estou sempre frisando que ambos podem estar errados. Eu critico a bíblia, por exemplo, porque muitos a usam como guia moral, usam para tirar direitos de pessoas, e isso me afeta diretamente, logo eu vou atacá-la. Mas alguém achar que o oxigênio que eu respiro neste momento só está aqui porque deus quer não interfere em nada na minha existência, portanto não me incomoda, a não ser que ele comece a querer me enfiar goela abaixo que isso é verdade. Enfim, o ateísmo me ajuda a entender melhor as coisas, com outras pessoas isso pode não acontecer, por isso ele é o caminho correto para mim, apenas para mim. Não posso dizer se ele é o correto para todo mundo.

agosto 07, 2011

Golden Gate Bridge


Eu lembro da minha viagem para São Francisco, há dois anos. Eu peguei um táxi para esta ponte enquanto minha irmã estava em uma teleconferência. 
Eu fiquei lá por cerca de duas horas, olhando para baixo, assistindo as pessoas, e querendo saber o quão baixo a água estava.
Uma garota sentou perto de mim e perguntou: "Você não vai pular, vai?" 
Eu sorri e assegurei a ela que eu não iria. Que eu era apenas uma turista.
Então ela disse: "Você se parece muito com minha irmã. Desculpe, eu não quero fazer você se sentir desconfortável. Mas eu tenho que perguntar, posso te abraçar? É que você se parece muito com ela."
Eu me senti estranha no início, mas então eu percebi. "Ela pulou?" 
Seu rosto franziu-se, e ela começou a chorar. Eu a abracei, sem pensar duas vezes, e por alguma razão pedi desculpas à ela. Não sei o que mais eu poderia dizer.
"Ela se foi". Essas foram as últimas palavras que ela me disse.
E eu nunca vou esquecer essa garota. Seu nome era Ariana. 

Tirei daqui

julho 24, 2011

George Carlin fala sobre aborto

Colocações excelentes do grande George Carlin, mostrando algumas incoerências dos contra aborto. O vídeo contém música de fundo para evitar que o youtube o desative.